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Bem estar

Na sociedade actual onde a juventude é endeusada em detrimento da velhice, é importante antes de tudo estarmos bem para nos sentirmos melhor. O conceito é relativo, o que é estar bem? Provavelmente será: ter qualidade de vida. Isto passa pela percepção do indivíduo tanto da sua posição na vida, como no contexto da cultura e no sistema de valores em que se insere, tanto quanto em relação aos seus objectivos, expectativas, padrões e preocupações. Este conceito é afectado de um modo complexo pela saúde, pelas relações sociais, pelo nível de independência e pela aceitação do que se apresenta como mais relevante no seu meio ambiente. Qualidade de vida é um termo empregado para descrever a qualidade das condições de vida levando em consideração factores como saúde, educação, bem-estar físico, psicológico, emocional e mental. A qualidade de vida envolve também elementos não relacionados, como a família, amigos, emprego ou outras circunstâncias da vida. É o nosso estado de equilíbrio físico e psicológico o motor que propulsiona a nossa eficácia pessoal e social e será por aí o caminho que nos leve ao bem-estar pessoal. Por sermos seres vivos que não têm um historial de isolamento, mas antes de uma sociabilidade que passa por todos os estados e muitas vezes num extremo pelo desfile de vaidades, constatamos que, mesmo não pertencendo à grande maioria que enaltece o fútil e subestima o enraizamento de valores, continua a ser importante a imagem. Mas que imagem? A que temos de nós próprios que se encerra em nós e que resulta de tudo quanto somos enquanto pessoas, ou a que passamos aos outros? Não estarão elas interligadas? Antigo é o ditado que diz que se eu não gostar de mim, ninguém gostará. Logo, é importante que a imagem que fazemos de nós mesmos seja positiva. É o mesmo que dizermos que temos uma boa auto-estima. A auto-estima é a avaliação que cada um faz de si mesmo e que pode alterar, dependendo de múltiplas variáveis, pessoais e sociais. Há, apesar de tudo nessa linha oscilante o tal equilíbrio de que tantos necessitamos para estarmos bem. Daí se conclui que tudo o que fugir ao equilíbrio, pode destabilizar e até descambar, chegando a atingir estados depressivos crónicos. A disponibilidade que temos para com os outros e que é efeito da forma mais ou menos afirmativa com que nos processamos e resolvemos, é a chave para o bom entendimento com o outro. Infelizmente a vida moderna cria-nos demasiado stress e problemas que nem sempre libertamos e isso acabará por se reflectir mais tarde ou mais cedo na nossa saúde e no nosso bem-estar. O mais difícil é sem dúvida, nos descomplicarmos, educarmos e regrarmos a nós próprios. Percebemos assim que há que prevenir, há que ter atenção e nos disponibilizarmos a cuidar de nós. O que acontece é que, mesmo que tomemos a decisão de passarmos a cuidar de nós, deparamo-nos com alguns obstáculos como a falta de tempo, provocada por uma vida agitada, que nos remete constantemente a tomar decisões e a abdicar de determinadas actividades em detrimento de outras. Acabamos frequentemente por verificar que nessas escolhas ficámos longe das nossas próprias prioridades. Outra condicionante é a falta de dinheiro para realizar tratamentos que se apresentam como ideais, uma resposta perfeita às nossas necessidades mas absolutamente fora de alcance. A Saúde e o Bem-estar para além de nascerem com a pessoa podem ser grandemente melhorados se a pessoa tiver informação acerca do que fazer para o conseguir. A vida só vale a pena ser vivida se tivermos saúde e nos sentirmos bem, pelo que a prevenção tem aí um grande papel a desempenhar. A prevenção é metade do tratamento, por isso tenha a certeza que está tudo bem consigo, para poder manter o seu bem-estar.
Dra. Sílvia Silva
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